terça-feira, julho 28, 2009
























Oráculos

Vi um filme hoje que se basea em prever o futuro, chama-se O Vidente, é um filme de ação com Nicolas Cage e gostei muito da frase dita por ele no inicio do filme, “O lance com o futuro é o seguinte: Toda vez que você olha o futuro ele muda porque você olhou. E isso muda todo o resto”., para que joga Tarot ou utiliza algum oraculo, sabe bem que é assim que funciona. O futuro muda sempre, basta fazemos escolhas e tudo já deixa de ser como era, acho que é por isso que existe tantas cartas que falam de mudança no Tarot. Acho que devemos dar uma olhada no futuro, mas para algu proposito. Sem proposito, não tem necessidade real e isso pode até atrapalhar suas escolhas e sua vida. Minhas amigas falam que devo cobrar, claro que não farei isso, não que eu ache errado, mas estou estudando e não tenho ainda jeito para acertar ou ver as coisas realmente. O chato é que nem sempre vemos o que queremos, mas a vida é assim mesmo. Bem, vou falar um pouco de oráculos aqui.

“ Ver com os olhos livres” é do poeta Oswald de Andrade. Gostei dessa expressão também.


Oráculos são seres humanos que fazem predições ou oferecem inspirações baseados em uma conexão com os deuses. No mundo antigo, locais que ganharam reputação por distribuir a sabedoria oracular também se tornaram conhecidos como "oráculos", além das predições em si mesmas.

Todos os povos da Antigüidade tiveram oráculos. Na mitologia escandinava, Odin levou a cabeça do deus Mimir para Asgard para ser consultada como oráculo. Na tradição chinesa, o I Ching foi usado para adivinhação na dinastia Shang, embora seja muito mais antigo e tenha profundo significado filosófico.

Os oráculos gregos constituem um aspecto fundamental da religião e da cultura gregos. O oráculo é a resposta dada por um deus que foi consultado por uma dúvida pessoal, referente geralmente ao futuro. Estes oráculos só podem ser dados por certos deuses, em lugares determinados, pelas pessoas determinadas e se respeitando rigorosamente os ritos: a obtenção do oráculo se assemelha a um culto. Além disso, interpretar as respostas do deus, que se exprime de diversas maneiras, exige às vezes um aprendizado.

Por extensão, o termo oráculo designa tanto o deus consultado como o intermediário humano que transmite a resposta, e ainda o lugar sagrado onde a resposta é dada. A língua grega distingue estes diferentes sentidos: entre numerosos termos, a resposta divina pode ser designada por χρησμός - khrêsmós, literalmente o fato de informar. Pode-se também dizer φάτις - phátis, o fato de falar. O intérprete da resposta divina é freqüentemente designado por προφήτης - prophêtê, aquele que fala em lugar (do deus), ou ainda μάντις - mántis. Por fim, o lugar do oráculo é χρηστήριον - kherêstêrion.

A mancia, isto é, o domínio da adivinhação, não é, no mundo grego antigo, constituído só pelas ciências oraculares. Os adivinhos como Tirésias são considerados personagens mitológicos: a adivinhação, na Grécia, não é assunto de mortais inspirados mas de pessoas que respeitam determinados ritos, embora a tradição tenha podido dar a impressão de tal inspiração, ou, literalmente, ἐνθουσιασμός - enthousiasmós, entusiasmo, isto é, o fato de ter deus em si. Mitologia,Religião resposta dada por uma divindade a quem consultava.

Qualquer objeto tipo moeda, cartas, buzios podem dar resposta com um ser humano para interpretar as respostas geralmente com um sim ou um não por exemplo vai chover hoje, joga-se uma moeda para cima e a moeda responde isto pode ser interpetrado como oráculo, outro exemplo é o das doze pedras de sal para dizer o mês que vai chover utilizado pelo sertanejo nordestino também pode ser interpretado como um oráculo um sistema de advinhação.

Desde épocas remotas, quando se tornou consciente de suas fragilidades diante da vida, o homem sentiu-se compelido a buscar ajuda no mundo invisível. E com isso surgiram as religiões, crenças anímicas, rituais, magias, enfim, uma prática diversificada, destinada a ajudá-lo a enfrentar o desafio de ser ele mesmo num mundo que o deixava atordoado e confuso diante de sua grandiosidade.

O ímpeto para crescer, expandir os horizontes e alcançar os ideais acalentados por uma busca interior rica em imagens, emoções, sentimentos, fez surgir nele o desejo de dominar o próprio destino. Assim sendo, era necessário adquirir conhecimentos que permitissem agir com certa destreza no amanhã. Nesse sentido, a alma humana sempre tentou decifrar o futuro. Surgiram os oráculos. Delfos, na Grécia, brilhou sob a guarda majestosa de Apolo que matou o dragão (serpente) Píton, filho de Géia e guardião do oráculo até então. As forças telúricas – advindas da terra primordial que a deusa representava – são submetidas ao poder do deus, encerrando o ciclo anterior com a morte do dragão.

Apolo, protetor das artes, da música e da poesia, inaugura um novo modo de penetrar no mundo oracular, substituindo a prática da incubação pela da inspiração. O interior da terra é redirecionado para o interior do homem. As consultas passam a ser intermediadas por uma sacerdotisa de Apolo, denominada Pitonisa por causa de Píton, o dragão sacrificado pela divindade, cuja pele cobria a trípode de bronze onde a Pitonisa se sentava para atender aos consulentes. As respostas eram inspiradas por Apolo, incorporado na sacerdotisa, tomada também pelo êxtase e pelo entusiasmo.

Delfos apolíneo privilegia o esforço do ser humano para que se torne condutor do próprio destino, não mais mero joguete nas mãos de divindades demoníacas, típicas do contato com o oculto na era ctônia. O deus Apolo simboliza a inteligência, a ciência, as artes, a sabedoria que devem conduzir as pessoas à realização de sua verdadeira natureza e ao cumprimento do destino.

No oráculo de Delfos apolíneo dominam as leis da moderação, da harmonia, resumidas na célebre frase em destaque na entrada do oráculo: “Conhece-te a ti mesmo”. A influência ética e moderadora do deus solar se difunde através dos séculos, pois atende aos anseios mais profundos da humanidade.

Ainda hoje recorremos a oráculos, sim, com diferentes doses de crença e descrença, seguindo a curiosidade que nos caracteriza e sem perder o vínculo com a distante e bem-sucedida imagem arquetípica da profética Pitonisa de Apolo.

Resta saber onde está esse lugar sagrado, nos dias de hoje, quando as pessoas se sentem desprotegidas e à mercê de tantos riscos, ameaças e sofrimentos. Convém lembrar que o oráculo nem sempre pôde evitar desfechos ruins, como fica óbvio na triste saga de Édipo, mas continua indicando que o caminho para a realização do homem é um só: que ele conheça a si mesmo. Édipo, por uma tramóia do destino, não sabia quem ele realmente era, daí ter se tornado uma vítima justamente quando tentava evitar que o vaticínio trágico se abatesse sobre ele. Se soubesse a tempo...

O deus que habita em cada um de nós, ou o oráculo nosso de cada dia, muitas vezes se manifesta num momento crucial, por meio de um sonho, de uma criação artística, fruto da inspiração, da intuição, enfim, de um sopro divino que pode ser percebido e interpretado no momento certo ou ficar perdido em algum lugar de sombras dentro da alma sem nenhum efeito peculiar. Mas a busca do autoconhecimento, da sabedoria, da arte de conciliar a profundidade anímica com a realidade da vida, de certa forma, atenua a distância entre essa pessoa e a realização de si mesma.

É possível compreender essas mensagens que falam de uma harmonia entre o interior e o exterior, construindo um destino verdadeiro e pleno de bem-aventurança. Essas buscas, empreendidas pelos gregos na Antiguidade clássica, geraram uma cultura rica, bela, humanista, visando libertar o ser humano de temores infundados e limitações, para que vivesse de maneira equilibrada, sábia, em sintonia consigo mesmo, com seus semelhantes, com a natureza, com o universo

Vitalidade do oráculo de Delfos
O oráculo de Delfos permaneceu muito ativo e consultado até o período cristão; os cristãos, contudo, ao caricaturá-lo, ao dar à pítia - a intérprete oracular de Apolo - uma imagem falsa, a de uma mulher histérica e drogada, e ao transmitir textos errôneos, contribuíram muito para seu abandono. Entre os testemunhos mais seguros, temos os de Plutarco (circa 46-circa 120 de nossa era), que ocupou por longo tempo o cargo de sacerdote do templo de Apolo, encarregado do santuário oracular. Sabemos, graças às escavações realizadas em Delfos, que o santuário foi um dos mais frequëntados e mais ricos. Para mais detalhes sobre o santuário em si, consultar o artigo que lhe foi dedicado.

A Pítia, Sibila, ou Pitonisa foi consultada antes de vários empreendimentos importantes, como guerras e fundação de colônia. Os países helenizados em torno do mundo grego, como Macedônia, Lídia, Cária e até mesmo o Egipto, respeitaram-no também. Creso da Lídia consultou Delfos antes de atacar a Pérsia e, de acordo com Heródoto, recebeu a resposta "se você o fizer, destruirá um grande império." Creso entendeu a resposta como favorável, atacou a cidade, mas seus inimigos destruíram seu império.

Alguns Oraculos:

Cartomancia é o método de adivinhação que usa cartas (como baralho ou tarô). Usa-se o baralho para prever o futuro e ajudar nas decisões a serem tomadas. Muito consultada pelos antigos para resolver problemas.

Assim como o Tarot, pouco se sabe da origem desse método divinatório e sua vinda para o Ocidente. Estudiosos afirmam que foi através dos ciganos, oriundos da China antiga, onde era um dos métodos mais utilizados pelo imperador S'uen-Ho, em 1120 depois de Cristo, que a Cartomancia chegou até nós. Outros, entretanto, dizem que foi pelas mãos dos árabes, quando dominaram a Península Ibérica.

As cartas da época eram feitas de material rudimentar, com fibras de madeira ou de plantas, e tinham um caráter de consulta mais oracular do que divinatório. Por volta do século XVI), toda a Europa conhecia o real valor das previsões da Cartomancia.

O I Ching ou Livro das Mutações, é um texto clássico chinês composto de várias camadas, sobrepostas ao longo do tempo. É um dos mais antigos e um dos únicos textos chineses que chegaram até nossos dias. Ching, significando clássico, foi o nome dado por Confúcio à sua edição dos antigos livros. Antes era chamado apenas I: o ideograma I é traduzido de muitas formas, e no século XX ficou conhecido no ocidente como "mudança" ou "mutação".

O jogo de búzios é uma das artes divinatórias utilizado nas religiões tradicionais africanas e na religiões da Diáspora africana instaladas em muitos países das Américas.

Existem muitos métodos de jogo, o mais comum consiste no arremesso de um conjunto de 16 búzios sobre uma mesa previamente preparada, e na análise da configuração que os búzios adoptam ao cair sobre ela. O adivinho, antes reza e saúda todos os Orixás e durante os arremessos, conversa com as divindades e faz-lhes perguntas. Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios se espalham pela mesa, dando assim as respostas às dúvidas que lhes são colocadas.

Numerologia é o estudo das influências e qualidades místicas dos números. Segundo a numerologia, cada número ou valor numérico é dotado de uma vibração ou essência individual e indicaria tendências de acontecimentos ou de personalidade, apesar de não haver qualquer evidência científica de que os números apresentem tais propriedades. O filósofo grego Pitágoras é considerado por alguns numerólogos o pai da numerologia, apesar de não haver qualquer relação entre os cálculos que formam o mapa numerológico e o filósofo grego. Na verdade a numerologia é uma derivação da Gematria, um ramo da Cabala, que utiliza o alfabeto hebraico como base. A numerologia seria então uma adaptação dos princípios da Gematria para o alfabeto romano.


Por fim quero dizer, que cuidado na busca pelo conhecimento, não acredite em todos, procure um estudioso. Mesmo que cobre caro, mas não vai te enrolar.

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